O Grupo BBF (Brasil BioFuels), empresa brasileira que atua no agronegócio sustentável na Amazônia, está implantando novas 10 termelétricas para abastecer a população de 10 municípios do Marajó, no Pará. Ao todo, mais de 214 mil pessoas serão beneficiadas com a energia limpa e renovável produzida pela companhia.
A informação foi divulgada pelo CEO da BBF, Milton Steagall, em entrevista ao Grupo Liberal. O projeto que ainda está na fase de implantação vai gerar energia para as cidades de Anajás, Água Branca, Crepurizão, Faro, Gurupá, Jacareacanga, Muaná, Porto de Moz, São Sebastião da Boa Vista e Terra Santa. A previsão é que as operações iniciem no segundo semestre deste ano.
Entre os benefícios do negócio, está a geração de empregos na região, com contratação de mão de obra local, entre outros. “Estamos substituindo o uso do óleo diesel fóssil, que não é biodegradável nem produzido no Estado. Utilizamos apenas biodiesel feito a partir de óleo de palma, produzido na Amazônia, biodegradável e renovável. Esse novo empreendimento vai gerar ainda 125 empregos diretos e mais de 400 indiretos, somente nesta operação”, diz o empresário.
A companhia tem ativos nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima, com foco no cultivo da palma de óleo, biotecnologia, produção de biocombustíveis e geração de energia renovável. No Pará, o plantio de palma está concentrado nos municípios de Concórdia do Pará, Moju, Tomé Açu e Acará; além de uma área de instrução de soja em Paragominas.
No mês de abril, o grupo completou 15 anos e o desejo de Steagall é continuar sendo um exemplo de boas práticas de bioeconomia. “Nós estamos provando que é possível desenvolver a Amazônia sem derrubar sequer uma árvore. Estamos gerando empregos, levando energia limpa e sustentável à população nortista, tornando produtiva áreas degradadas”, conta o executivo.
“Com nosso trabalho, que respeita o zoneamento agroecológico da palma nas áreas desmatadas da Amazônia Legal, lançado em 2010, sob encomenda do Governo Federal, nós apenas plantamos. Hoje, temos cerca de 75 mil hectares produtivos no Pará e até 2025 esse número deve aumentar para 120 mil”, detalha Milton.
De acordo com o CEO do grupo, a empresa está deixando para a Amazônia o legado do desenvolvimento alinhado com sustentabilidade e responsabilidade social. “A base do nosso projeto sempre foi a integração entre recuperação ambiental, mão de obra das comunidades disponíveis para cultivo e substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis, se preocupando não apenas com a economia, mas também com o social e meio ambiente”, completa Steagall.