Preço e meio ambiente, veja o que está em jogo com uso de biodiesel

Adição de biodiesel no diesel comum atinge maior patamar já praticado no Brasil
11 março, 2024
frutos da palma de oleo BBF

Neste domingo (10), já tem exatos dez dias que os postos de gasolina vendem o diesel comum com 14% de biodiesel, uma alternativa aos combustíveis derivados do petróleo, feito a partir de biomassa, (matéria orgânica de origem vegetal ou animal).

A adição da proporção de 14% de biodiesel no combustível, desde o dia 1º deste mês, por exemplo, aumentou cerca de R$ 0,02, o litro do diesel na bomba. O impacto não foi grande, mas não deixa de preocupar os proprietários de veículos em Belém.

O aumento do uso de biodiesel envolve fatores como impacto no preço, desempenho dos carros e meio ambiente em razão da emissão de gases menos poluentes. Inclusive desde setembro de 2023, tramita no Congresso o projeto de lei (PL) “Combustível do Futuro”, do governo federal.

Em fevereiro passado, o projeto de lei ganhou uma nova redação: aumentando o percentual de adição gradual do biodiesel de 20% para 25%. O texto foi bem recebido pelo setor. Milton Steagall é o CEO do Grupo BBF (Brasil Biofuels), e afirma que o planejamento definido pelo governo, de adição gradual, e as diretrizes do pl “Combustível do Futuro” estão adequados à realidade brasileira a curto e a longo prazos.

“Eles (o planejamento e o projeto de lei) dão previsibilidade para o setor se preparar com antecedência no desenvolvimento de processos mais eficientes, na origem de matéria-prima e na busca por preços mais competitivos, para assim atender as demandas de mercado”, ressalta o executivo da BBF.

Na avaliação de Steagall, “a tendência é de que tenhamos custos mais competitivos no mercado, por conta do aumento do volume e maior competitividade no setor. Além disso, a maior adição de biodiesel na mistura vai diminuir a necessidade de importação do diesel fóssil, visto que antes do B14, o Brasil tinha a necessidade de importar cerca de 20% do diesel consumido”.

Ele explicou que a BBF é uma das fornecedoras da mistura anunciada atualmente. O Grupo, desde 2009, produz biodiesel feito a partir de óleo de palma na usina mantida em Ji-Paraná, no estado de Rondônia. “Fornecemos biodiesel para distribuidoras de combustíveis, que por sua vez realizam a adição na mistura com diesel fóssil”, informou Milton.

Sobre o desempenho do biodiesel, o executivo da BBF garante que próximo ao do diesel fóssil. “Posso citar o exemplo de nossas usinas termelétricas que operam com 100% de biodiesel nos motores geradores, mantendo a mesma performance. Do ponto de vista ambiental o ganho é imenso: o biodiesel é um biocombustível renovável e biodegradável”, disse.

“O biodiesel não contém enxofre, não emite substâncias cancerígenas e evita a emissão de carbono, e tem papel fundamental na transição energética de diversos setores como de logística, agrícola, geração de energia, entre outros”.

Milton Steagall explica que o biodiesel é o produto final de uma ampla cadeia de valor. “Ele impacta positivamente diversos setores da economia e gera desenvolvimento em diversas regiões do Brasil. No caso do Grupo BBF, nossa matéria-prima é o óleo de palma, produzido de forma sustentável no Pará e Roraima”.

Leia na íntegra: https://www.oliberal.com/economia/precoe-meio-ambiente-veja-o-que-esta-em-jogo-com-uso-de-biodiesel-1.789751

 

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